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sábado, 26 de novembro de 2011

Oficina de TV, uma proposta educomunicativa: estudo de caso de uma criança abrigada

Pesquisa: Oficina de TV, uma proposta educomunicativa: estudo de caso de uma criança abrigada

Pesquisadora: Helenita Milke Sommerhalder 

Nível: Mestrado

Orientador: Profa. Dra. Regina Helena Lima Caldana

Resumo: De um lado está a educomunicação, um campo novo, da interface entre a educação e a comunicação, definido como sendo um campo de intervenção social e de atuação profissional; subdivide-se em áreas específicas de atuação, como a da educação para a mídia, constituída pelas reflexões da relação entre produtores, o processo produtivo, a recepção das mensagens e os programas de formação de receptores autônomos e críticos frente aos meios de comunicação. De outro, estão crianças que vivem em abrigos, entidades vistas comumente como lugares de exclusão para onde são levados crianças e adolescentes à espera de um incerto destino melhor, cuja condição de vida, tanto anterior quanto atual, pode implicar em prejuízos ao desenvolvimento. Neste trabalho, que se caracteriza como uma pesquisa em ação, buscou-se compreender as possibilidades de ganhos que a participação em uma oficina de TV pode trazer para crianças abrigadas através de um estudo de caso de uma menina de onze anos, que vive em um abrigo de uma cidade de porte médio do interior de São Paulo. Procurou-se identificar mudanças na condição de desenvolvimento desta criança, expressas no seu contexto de vida cotidiana, que poderiam ser consideradas possivelmente decorrentes da participação no projeto. Adotamos como referencial teórico-metodológico a Rede de Significações. A oficina foi realizada em 30 encontros, num total de 60 horas e seguiu alguns procedimentos como o aprender fazendo e a apresentação de conceitos teóricos a partir do contato direto dos participantes com os equipamentos e com a linguagem própria da televisão. O educador e o técnico do abrigo responsável pelo caso, professores e a mãe foram ouvidos antes da realização e após a implantação, visando fazer um levantamento da história e uma descrição da criança nos momentos específicos. A descrição inicial da criança foi muito semelhante à existente na literatura sobre crianças abrigadas, especialmente ) no que se refere à auto-imagem negativa e ao desempenho escolar ruim. Após a participação na oficina, houve mudanças, em sentido positivo, no retrato da menina feito por essas pessoas. Compreendemos que essas diferenças possivelmente foram motivadas pela combinação da maneira com que dialogicamente se estabeleceram as interações dela com as pessoas com quem conviveu no período do projeto (incluindo-se a educomunicadora), aos papéis atribuídos a ela e à forma como ela os assumiu. Consideramos ainda que, o desenvolvimento do projeto permitiu visualizar o uso da câmera de vídeo para a educação para a mídia como um dispositivo de educação/desenvolvimento humano capaz de potencializar a experiência de vida das crianças ao quebrar a relação mítica com o objeto TV e auxiliar a percepção de recursos próprios, especialmente para crianças que ainda não dominam a leitura e a 

Status: Conclusão: 2008

Disponível em: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-09092008-082112/publico/dissertacao.pdf

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